Iniciativas para mitigar impactos da crise do clima | Iguá SA

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Iniciativas para mitigar impactos da crise do clima

Iniciativas para mitigar impactos da crise do clima

13 de novembro de 2025

São Paulo, novembro de 2025 – A COP30, realizada neste mês de novembro em Belém (PA), reforça a urgência de soluções para enfrentar os efeitos da crise climática. O saneamento é um dos setores mais expostos às mudanças no regime de chuvas: do excesso de precipitação, que causa assoreamento e reduz a qualidade da água nos mananciais, à escassez, que compromete a regularidade do abastecimento. Diante desse cenário, as operadoras não apenas se preparam para garantir a continuidade dos serviços, como também investem em iniciativas que contribuem para a redução das emissões de gases de efeito estufa e para a adaptação dos territórios aos eventos extremos, ampliando seu papel na agenda de sustentabilidade.

Responsável por atender cerca de seis milhões de brasileiros em seis estados, a Iguá Saneamento tem aplicado recursos em tecnologia, inovação e projetos socioambientais para tornar o uso da água mais eficiente e sustentável, com soluções conectadas à realidade de cada município onde atua. Em 2025, a companhia revisou sua Estratégia de Sustentabilidade e consolidou o pilar “Natureza, Clima e Circularidade”, que orienta a atuação em três frentes centrais: uso racional da água, proteção da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos; adaptação às mudanças climáticas e resiliência hídrica; e gestão de resíduos, efluentes e economia circular ao longo de todo o ciclo do saneamento. "Fizemos investimentos robustos nos últimos anos em automação e inovação. Esses processos conferem um nível maior de eficiência em todo o ciclo da água: da captação ao tratamento e distribuição. Além disso, adaptamos cada iniciativa à realidade local das nossas operações, a fim de melhorar a qualidade de vida da população, garantindo serviços de qualidade mesmo no contexto de eventos climáticos extremos", afirma José Carlos Almeida de Sousa, diretor de Gestão Operacional da Iguá Saneamento.


Redução de perdas e eficiência operacional


A operação no Rio de Janeiro implantou projeto de setorização que dividiu os 19 bairros e localidades atendidos em 29 microrregiões, permitindo um gerenciamento mais preciso do volume de água captado e consumido, com monitoramento em tempo real pelo Centro de Controle Operacional. A companhia destinou mais de R$ 39 milhões para a instalação de oito macromedidores de última geração, que reforçam o controle do fluxo de água e contribuem para a redução de perdas. Tecnologias de medição inteligente de pressão com leitura remota (IoT) já acompanham parte relevante do consumo dos clientes, ampliando a eficiência operacional.


“A hidrometria inteligente resulta na redução de perdas hídricas, o que está diretamente ligado à preservação climática em cada região. Ao perder menos água no processo, garantimos a resiliência e a saúde dos mananciais, que asseguram o abastecimento da população por muito mais tempo”, reforça Natália Flecher, gerente de Meio Ambiente e Qualidade da Iguá.


No Rio de Janeiro, a instalação de uma Estação de Tratamento de Água móvel em Miguel Pereira ampliou em 33% a produção local durante períodos de estiagem, garantindo segurança hídrica em momentos críticos. Já no Paraná, a solução foi distinta: a companhia implementou reservatórios flexíveis na Ilha do Mel para reforçar o abastecimento em meses de menor disponibilidade hídrica e em épocas de maior fluxo turístico.


Rios e manguezais mais protegidos e universalização do saneamento como resposta climática


Em diversas operações, a Iguá já colhe resultados alinhados à resiliência hídrica, à justiça ambiental e à proteção de corpos d’água. Em Mirassol, cidade do interior de São Paulo, a cobertura de 100% de água e esgoto contribuiu para elevar a qualidade dos córregos Piedade, Fundão e Fartura e do Rio São José dos Dourados, reduzindo a carga orgânica lançada no meio ambiente e fortalecendo a segurança hídrica regional.


Em Cuiabá (MT), de 2017 até 2024, a empresa investiu R$ 1,34 bilhão na capital mato-grossense, o que garantiu 100% de fornecimento de água tratada nas áreas urbanas regularizadas e ampliou a cobertura de esgoto para 91%, superando a meta estabelecida para 2033 pelo novo Marco Legal do Saneamento. Como reflexo, 14 toneladas diárias de carga orgânica deixaram de ser lançadas nos rios Cuiabá e Coxipó.


No Rio de Janeiro, a companhia vem atuando na melhoria do sistema de esgotamento sanitário com a finalização das obras da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Barra da Tijuca que, com investimento da ordem de R$ 170 milhões, terá sua capacidade ampliada em 50%. A Iguá também atua na recuperação de áreas degradadas no entorno do Complexo Lagunar, com mais de 73 mil mudas de mangue plantadas desde 2024, apoiando a resiliência desses ambientes sensíveis. A iniciativa faz parte das obras de dragagem na região, que contam com investimento de, aproximadamente, R$250 milhões.


Energia renovável e descarbonização das operações


A matriz energética é outro pilar da estratégia climática da Iguá. Em 2024, entrou em operação uma usina fotovoltaica em Janaúba (MG) que, somada a outras iniciativas de geração distribuída, ampliou o uso de energia renovável e rastreável nas concessões. “Esse movimento já traz resultados concretos. Em um ano, mais de 4 mil toneladas de CO₂ deixaram de ser emitidas. Hoje, cerca de 96% da energia consumida pela Iguá é de fonte renovável, o que contribui diretamente para a redução da nossa pegada de carbono”, acrescenta o diretor de Gestão Operacional da companhia. 


Em 2025, a Iguá conquistou pelo quinto ano consecutivo o Selo Ouro do GHG Protocol, concedido pela FGV. E, recentemente, no Rio de Janeiro, a operação aumentou sua capacidade em emissões evitadas, com a entrada em operação de mais uma usina solar em geração distribuída.


“Eficiência também significa consumo responsável de energia elétrica. Esse é um aspecto essencial no enfrentamento às mudanças climáticas. Como a principal causa do aquecimento global está ligada ao uso de combustíveis fósseis, ser mais eficiente implica reduzir essa dependência e contribuir para uma matriz energética mais sustentável”, destaca Natália.


Planejamento climático do setor e educação ambiental


Desde 2023, a Iguá conduz estudos climáticos detalhados em suas operações, com base em cenários do IPCC e em modelos climatológicos internacionalmente reconhecidos, para antecipar riscos e orientar investimentos em adaptação – analisando vulnerabilidades dos ativos, riscos estruturais e operacionais e a necessidade de medidas preventivas frente a secas, chuvas extremas e ondas de calor.


A companhia também atua na agenda setorial: integra o Grupo de Trabalho de Mudanças Climáticas da Abcon Sindcon, contribuindo para o advocacy em políticas climáticas no saneamento; participa do Movimento Ambição Net Zero, que visa a redução em emissões acumuladas de CO2eq (carbono equivalente) entre todas as empresas signatárias, vinculado à Agenda 2030 do Pacto Global da ONU; e é membro do Climate Smart Utilities Committee (programa de reconhecimento de inteligência climática para empresas de serviços públicos), da International Water Association (IWA), fórum em que já foi reconhecido internacionalmente por suas iniciativas.


Em parceria com outras concessionárias, participou da elaboração de notas técnicas sobre desafios da descarbonização e boas práticas de gestão de emissões no saneamento. A companhia também é cofundadora da Câmara Temática de Mudanças Climáticas e Gestão de Carbono no Saneamento, da Abes, contribuindo para a construção de marcos técnicos e diretrizes para o setor.


Além de obras e investimentos em infraestrutura, a Iguá reafirma seu compromisso com a educação ambiental como uma resposta estratégica e fundamental à crise climática. O conjunto de nossos programas e projetos de educação ambiental já produziu um impacto significativo, beneficiando diretamente mais de 260 mil pessoas. Entre as iniciativas, destacamos o Programa Você no Saneamento, que oferece uma variedade de ações educativas e imersivas, como visitas monitoradas as estações, palestras e um game inovador com óculos de realidade virtual. E o Projeto Iguapé que une ciência, tecnologia e arte para a conscientização sobre saneamento, visando engajar mais de 25 mil estudantes somente até o final de 2025. Essa abordagem reflete nosso propósito em formar cidadãos mais conscientes e promover o uso racional da água, contribuindo para o desenvolvimento e para a resiliência dos territórios.




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