Iguá alerta para riscos do descarte incorreto de óleo de cozinha | Iguá SA

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Iguá alerta para riscos do descarte incorreto de óleo de cozinha

Iguá alerta para riscos do descarte incorreto de óleo de cozinha

05 de junho de 2025

São Paulo, junho de 2025 – O que começa como ingrediente essencial de muitas receitas pode terminar como vilão ambiental. Quando descartado de forma inadequada, o óleo de cozinha ultrapassa os limites da pia e provoca danos que vão do entupimento das redes de esgoto à contaminação de rios e solos. Neste Dia Mundial do Meio Ambiente, como parte de uma campanha sobre o papel do esgotamento sanitário na conservação da natureza, a Iguá Saneamento reforça o alerta sobre os impactos desse resíduo e a importância de atitudes conscientes no dia a dia. 

"Um único litro de óleo pode poluir até 25 mil litros de água, volume equivalente ao consumo de uma pessoa durante seis meses", alerta Natália Flecher, engenheira ambiental e gerente de Meio Ambiente, Qualidade e Mudanças Climáticas da Iguá Saneamento. 

Para a especialista, o quadro atual no Brasil é preocupante, já que, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), cerca de 3 bilhões de litros de óleo de cozinha são utilizados no país por ano. No entanto, estima-se que apenas 5% desse volume seja reciclado, enquanto o restante é descartado de maneira inadequada. 

Na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), o óleo descartado incorretamente se acumula na rede, dificulta o funcionamento dos processos biológicos e pode gerar mau cheiro, aumento no uso de insumos químicos e sobrecarga operacional. “São impactos que, embora muitas vezes invisíveis, afetam diretamente a eficiência do sistema de esgotamento sanitário”, explica Natália. 

Além disso, quando lançado em pias, ralos ou vasos sanitários, o óleo se mistura com resíduos sólidos, formando massas endurecidas conhecidas como “pedras de gordura”. Essas formações são especialmente problemáticas em áreas com infraestrutura de esgoto mais frágil — o que ainda é uma realidade em muitas cidades brasileiras —, onde causam obstruções recorrentes e danos estruturais. 

Presente em seis estados e com operações em mais de 120 municípios, a Iguá Saneamento é responsável por diversas estações de tratamento de esgoto e administra 75.228 metros de execução de redes coletoras. Por dia, a companhia processa, em média, 146,9 milhões de litros de esgoto sanitário. 

"Quando o descarte é feito de maneira inadequada, resíduos como óleo, lixo doméstico e produtos químicos representam uma das principais causas de obstruções, transbordamentos e aumento nos custos das operações de esgotamento sanitário", ressalta a especialista. 

O óleo de cozinha descartado de forma incorreta pode contribuir para o agravamento de enchentes e até contaminar lençóis freáticos. Nos rios e lagos, ele cria uma película sobre a água que dificulta a entrada de oxigênio, afetando peixes e outras formas de vida aquática. Além disso, essa camada impede a passagem da luz solar, comprometendo a fotossíntese das plantas e gerando desequilíbrios em todo o ecossistema. 

Para enfrentar esse cenário, a empresa investe em tecnologias de detecção e manutenção preventiva, além de promover ações contínuas de conscientização e engajamento com a população. Em 2024, as iniciativas de educação ambiental realizadas pelas operações da Iguá beneficiaram mais de 85 mil pessoas. 

Óleo Solidário 

Para ampliar a conscientização, a Iguá desenvolve campanhas educativas e mantém o projeto Óleo Solidário, que integra a plataforma Recicla do Bem. Desde 2024, as operações da companhia arrecadaram mais de 16.700 litros de óleo de cozinha usado, demonstrando o sucesso contínuo do projeto em promover práticas sustentáveis e engajar a comunidade. 

Atualmente, a Iguá conta com 44 pontos de coleta de óleo ativos, distribuídos em quatro cidades: Rio de Janeiro, Paty do Alferes, Miguel Pereira (RJ) e Paranaguá (PR).  O projeto é operado em parceria com organizações sociais e cooperativas locais, que dão destinação ambientalmente correta ao resíduo e contribuem para a geração de renda. 

“Cada litro de óleo coletado representa uma oportunidade de transformação social. Ao ser reciclado e comercializado por cooperativas e associações, o resíduo gera renda para iniciativas sociais que impactam positivamente a sociedade”, afirma Natália Menezes, gerente de Responsabilidade Social da Iguá Saneamento. 

Em Paranaguá (PR), a parceria com a empresa Preserve Ambiental permite que o óleo seja transformado em sabão artesanal. Para cada litro doado, o morador recebe uma barra de sabão como incentivo. No Rio de Janeiro, o material é recolhido pela Cooperativa Verde Vale, que o comercializa e distribui a renda entre os cooperados. Em Paty do Alferes e Miguel Pereira, a parceria com a Associação de Catadores de Paty do Alferes também contribui diretamente para a geração de renda. 

Em Mirassol (SP), a Sanessol, operação da Iguá no município, desenvolve outro projeto, o Reviva Óleo, em parceria com o Lions Club. A iniciativa mobiliza 4 mil alunos da rede pública municipal por meio de palestras e campanhas de arrecadação, promovendo educação ambiental desde a infância. Todo o material recolhido é transformado em biodiesel, e o volume arrecadado é revertido em doações de alimentos e óleo novo para instituições sociais da cidade. Em 2024, foram arrecadados cerca de 9 mil litros de óleo, trocados por mais de 3 mil litros de óleo de soja e uma tonelada de arroz. Esses alimentos foram doados para instituições da cidade. 

Além da reciclagem, a Iguá também promove ações educativas em escolas, voltadas para crianças e adolescentes, principalmente em datas como o Dia Mundial da Água e o próprio Dia do Meio Ambiente. 

Com foco na educação ambiental e na economia circular, a Iguá reforça seu compromisso com o desenvolvimento sustentável, transformando resíduos em oportunidades e promovendo impacto positivo nos territórios onde atua. 

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