Iguá Saneamento fecha 2024 com receita recorde | Iguá SA
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Iguá Saneamento fecha 2024 com receita recorde
26 de março de 2025
São Paulo/SP, 26 de março de 2025 - A Iguá Saneamento, uma das maiores empresas do setor no Brasil, encerrou o ano de 2024 com crescimento de 12,3% na receita líquida ajustada em comparação com 2023, atingindo R$ 2,02 bilhões, ante R$ 1,80 bilhão no ano anterior. No quarto trimestre de 2024, a companhia informou ter faturado R$ 531,8 milhões, um crescimento de 9% em relação ao mesmo período de 2023 (R$ 487,9 milhões).
O EBITDA ajustado, que não inclui o impacto financeiro positivo com a venda de nove operações em 2023 e 2024, também cresceu 25,8% no ano, passando de R$ 700,4 milhões para R$ 881,4 milhões. A margem EBITDA avançou 4,7 pontos percentuais, de 38,8% para 43,5%.
No trimestre, o EBITDA ajustado foi de R$ 250,8 milhões, ante os R$ 211,5 milhões de 2023, um crescimento de 18,6%. A margem trimestral também avançou 3,8 p.p., de 43,4% para 47,2%.
O resultado reflete um ano de expansão dos negócios da companhia, “muito relevante na história da Iguá”, conforme a mensagem da administração para o mercado financeiro, e que reforçou o “propósito de Ser a Melhor Empresa de Saneamento para o Brasil, com fatos e ações que reforçam essa visão”.
Em 2024, a empresa venceu dois leilões, em Sergipe e no Paraná. Nos dois casos, o período de operação assistida já foi iniciado e prevê até junho para o final da transição. Em Sergipe, a concessão parcial terá atuação da Iguá na distribuição de água e na coleta e tratamento de esgoto de 74 dos 75 municípios do estado. O contrato é de 35 anos e vai beneficiar 2 milhões de pessoas.
Já no Paraná, a companhia ficará responsável pelo bloco 3, que contempla 28 municípios do oeste e sudoeste do estado. O contrato com a Companhia Estadual de Saneamento do Paraná (Sanepar) estabelece que a Iguaçu Saneamento, como será chamada a operação, incluirá, na parceria público-privada (“PPP”), serviços de coleta e tratamento de esgoto por 24 anos.
“Esses resultados reforçam a assertividade da nossa estratégia de expansão, focada em ativos de grande e médio porte, e nos preparam para olhar novas oportunidades que tenham sinergia com este portfólio”, destaca Roberto Barbuti, CEO da Iguá Saneamento.
No balanço, a Iguá também informa que concluiu, no fim de outubro, a venda e a transferência de controle de oito operações de menor porte.
Estrutura de Capital
Para sustentar a expansão, a Iguá realizou um aumento de capital de R$ 1,7 bilhão em novembro, com a emissão de mais de 130 milhões de ações ordinárias subscritas por acionistas atuais. Com isso, o fundo Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB) passou a ser o maior acionista da empresa, com 66,5%. A Alberta Investment Management Corporation (AIMCo) possui 24% e forma, junto ao CPPIB, o bloco de controle. O BNDESPar detém os 9,5% restantes.
Do total captado, R$ 1,4 bilhão foi direcionado à Iguá Sergipe para capitalização e início das operações, incluindo o pagamento da primeira parcela da outorga. A operação também contou com a emissão de R$ 1,85 bilhão em debêntures e um compromisso adicional junto a instituições financeiras de R$ 800 milhões em crédito ao fim do período da operação assistida.
No Rio de Janeiro, a empresa concluiu o plano de financiamento de longo prazo da Iguá Rio, que soma R$ 7,5 bilhões. Em agosto, foi contratado um financiamento de R$ 1 bilhão por meio do Programa Saneamento Para Todos. Com isso, o prazo médio da dívida da operação atingiu 13,72 anos no quarto trimestre de 2024, em alinhamento com o plano de negócios.
“Nossa dívida apresenta perfil estruturado, com prazos longos e indexação majoritária ao IPCA, o que contribui para a previsibilidade do fluxo financeiro e redução da exposição a volatilidades macroeconômicas”, comenta Douglas Casagrante, CFO da Iguá Saneamento.
A mensagem da administração também lembra que a Iguá obteve aprovação integral, em Assembleia Geral de Debenturistas, das propostas referentes à sua 5ª emissão de debêntures (IGSN15). Entre as ações aprovadas, está a concessão de waiver para a medição do índice Dívida Líquida/EBITDA até 31 de dezembro de 2032, de modo que a holding não terá medições de covenants financeiros até essa data.
“A medida traz flexibilidade para a companhia nesse aspecto e possibilita a maturação de seus ativos no Rio de Janeiro e em Sergipe sem que isso signifique qualquer descumprimento de compromissos firmados com seus debenturistas”, diz o comunicado.
O balanço também demonstra que os investimentos da companhia ao longo de 2024 cresceram 18,2% em comparação com o ano anterior, totalizando R$ 646,3 milhões.
Redução de perdas e de consumo de energia
Segundo a Iguá Saneamento, ao longo do último ano, a companhia conseguiu reduzir as perdas de água, passando de 47,5% para 45,4%. O comunicado aponta que esse resultado foi possível a partir de investimentos feitos na “modernização das redes de distribuição, ampliação da setorização das áreas atendidas, intensificação dos investimentos em medidores inteligentes e aprimoramento na detecção e correção de vazamentos”.
A empresa também cita a modernização de equipamentos para conseguir reduzir o consumo de energia nas operações, de 0,34 kWh por metro cúbico no último trimestre de 2023 para 0,31 kWh no último trimestre de 2024. A principal fonte de energia para a empresa, 79,9%, é o mercado livre. Houve também um aumento de 9,8% na geração distribuída de energia.
Aumento na renegociação de dívidas de clientes e reconhecimentos nacionais
Os números divulgados pela companhia mostram que as ações de recuperação de crédito e renegociação de dívidas surtiram efeito, reduzindo a inadimplência nas operações de 2,9% da receita líquida ajustada no último trimestre de 2023 para 2,2% no quarto trimestre de 2024. “O aumento pontual observado na variação do 4T24 é decorrente da intensificação das ações de fiscalização e autuação de irregularidades, principalmente na Iguá Rio de Janeiro”, explica o comunicado.
O balanço também menciona conquistas, como a certificação Great Place to Work (GPTW) e o primeiro lugar na categoria Inovação da Gestão em Saneamento Ambiental, no Prêmio Nacional da Qualidade em Saneamento (PNQS), com o projeto de inventário de gases de efeito estufa. A companhia promoveu o Iguá TechDay, reunindo profissionais de tecnologia para debater o papel da inovação na transformação do setor, e participou do G20 Social, destacando sua atuação em sustentabilidade no Complexo Lagunar da Barra da Tijuca e Jacarepaguá. No mesmo período, alcançou 100% de conformidade nos critérios do Movimento Transparência 100%, iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) voltada à gestão transparente. Também renovou as certificações ISO 37001 e ISO 37301, reafirmando seu compromisso com práticas de compliance, ética e combate ao suborno.